Título da redação:

Aprendizagem universalizada

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 01/08/2017

O analfabetismo funcional no Brasil deixou de ser apenas um dilema primitivo alcançando até mesmo 38% dos estudantes do ensino superior, desfazendo o mito de que estaria intrinsecamente relacionado à baixa escolaridade, revela dados divulgados pela ONG Ação Educativa. Atrelados ao desfavorável investimento público entreposto a uma juventude altamente ligada a tecnologia, dados refletem o expressivo crescimento da educação de baixa qualidade durante a última década no Brasil. Uma das metas do plano nacional determina que, até 2020, seja erradicado o analfabetismo absoluto e reduzido em 50% o analfabetismo funcional no país. Contudo, ao atingir o ensino superior, o analfabetismo funcional torna-se crítico, pois evidencia a negligência na educação do país, onde a escassez dos investimentos, falta de estrutura e a progressão continuada imposta no ensino público, faz com que cresça o número de analfabetos funcionais, expondo o caótico despreparo da didática nacional fadada ao insucesso, pois é inapta de formar um cidadão convicto, aquele capaz de participar ativamente dos negócios e das decisões políticas. Analogamente, o crescimento do número de jovens conectados à tecnologia faz com que grande parte perca a capacidade de analisar e interpretar textos e, especialmente os dotados de uma carga de contextualização, ou seja, por ausência de prática, grande parte dos jovens ainda frequentes nas escolas tem sido considerados analfabetos funcionais. Portanto, tendo em vista os aspectos mencionados, é imprescindível a atuação do Governo Federal na criação e execução de projetos de inclusão no acesso à informação através de investimentos em melhorias no ensino, tais como infraestruturas, programas nas escolas desde a primeira infância, disponibilização de materiais e, principalmente, investimento na formação e valorização de professores. Bem como, a realização de cursos, além do ensino formal, podendo ser inclusive a distância, como já ocorre com o EJA, promovendo habilidades de leitura e escrita, e contribuindo, simultaneamente, para formação profissional. A aprendizagem deve ser universalizada, propiciando assim que todos os leitores atinjam o nível pleno da alfabetização funcional.