Durante o século passado, em torno de 1930, mais de 60% da população brasileira era analfabeta. Ainda hoje, em pleno século XXI, é possível encontrar pessoas que decodifiquem letras e números, assim como entendam frases mais curtas, apesar de possuírem um nível de interpretação muito superficial Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 29% os chamados analfabetos funcionais. Tendo em vista a busca pelo desenvolvimento nacional, é preciso se voltar para o impacto negativo das mídias e da insuficiente educação brasileira no processo de alfabetização. Segundo Platão, grande filósofo grego, as pessoas só teriam a capacidade de desenvolver suas habilidades por meio do aprimoramento educacional. Sendo assim, é possível observar que grande parte dos analfabetos funcionais está nessa situação por conta de uma base educacional insuficiente ou até mesmo inexistente. Como consequência direta, essas pessoas não só possuem dificuldades na leitura ou nos cálculos, mas também na formação profissional do indivíduo, resultando em um baixo nível de qualificação laboral no Brasil. Ademais, ainda é relevante citar o papel dos meios midiáticos e digitais no favorecimento dessa situação, já que muitas pessoas se acomodam com a praticidade de assistirem a vídeos, filmes e novelas, economizando um grande tempo que poderia ser gasto na leitura de livros extensos. Com o surgimento do cinema, na passagem do século XIX para o XX, muitas pessoas ainda eram analfabetas e a massificação dessa ferramenta ocasionou, em muitos casos, o distanciamento da população com a literatura. Buscando solucionar, portanto, os fatores supracitados, ações e medidas precisam ser tomadas. Cabe aos órgãos administrativos do governo dirimir a insuficiência da base educacional brasileira, por meio da amplificação do ensino para os mais diversos setores sociais, criando mais escolas capazes de abrigar tanto moradores dos centros urbanos quanto das periferias, com o objetivo de obter, no futuro, cidadãos mais qualificados profissionalmente. Além disso, os pais devem diminuir o impacto negativo das mídias no processo de alfabetização, incentivando a leitura desde cedo, ao comprar livros que contribuem com o desenvolvimento infantil, a fim de ajudarem na formação do gosto pela literatura no futuro cidadão brasileiro.