O Brasil ocupa um lugar de importância dentro da América do Sul em diversos aspectos. No entanto, no que se refere a grau de escolaridade e, em específico analfabetismo funcional, o país canarinho se destaca negativamente. Enquanto países vizinhos, como Argentina e Uruguai, possuem uma taxa de analfabetismo em torno de 3%, o Brasil apresenta uma média de 12%. Logo, apesar dos avanços econômicos, em termos sociais não foram alcançados os mesmos patamares. Assim, é imperativo uma melhora educacional não só quantitativa, mas qualitativa também. É quase um paradoxo pensar que mesmo com ensino superior completo, um indivíduo possa ser considerado analfabeto. Porém, isso é uma triste realidade não só brasileira, mas mundial. Aliás, na Alemanha quase 8 milhões são classificados dessa maneira. Já no Brasil, segundo o Instituto Montenegro, 80% dos graduandos são analfabetos funcionais. Esses dados podem ser explicados pela transformação do ambiente universitário em reprodutor de conhecimento, enquanto deveria ser um celeiro de conhecimento, um produtor de novos conhecimentos. Somado a isso, o uso constante das tecnologias e a informalidade das comunicações sociais por meio do uso de aplicativos como o whatsapp. Portanto, o Ministério da Educação deveria investir em programas de alfabetização no sentido de incentivar uma nova metodologia de ensino com o objetivo de produzir nos discentes a capacidade de entender e relacionar as diversas áreas de conhecimento. Ademais, o ambiente familiar pode auxiliar no interesse, sobretudo dos mais jovens, no hábito de leitura que é um meio pelo qual o desenvolvimento cognitivo é bastante estimulado.