Título da redação:

Analfabetismo funcional: fruto do sistema educacional

Proposta: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 29/10/2018

O número de analfabetos funcionais no Brasil aponta que apesar de democrático, o sistema educacional brasileiro é falho. Isso se deve, principalmente, à reprodução das desigualdades sociais exercida pelo sistema que ignora as especificidades do aluno e do grupo social do qual faz parte. Nesse sentido, Pierre Bourdieu defende que a escola difunde e exige dos alunos o capital cultural inerente às classes dominantes como a norma culta da língua portuguesa. Dessa forma, os alunos que não tiveram acesso prévio a esse capital e não o utilizam corriqueiramente apresentarão maior dificuldade no aprendizado da língua. Além disso, a escola não logra em atrair os alunos para o aprendizado. Com base nisso, Bernard Charlot mostra que a desigualdade social não é o único fator, segundo ele o aluno que não detem o capital exigido,utiliza-o na escola a fim de ser aprovado, mas não o aprende. Assim muitos alunos são alfabetizados, mas não desenvolvem a habilidade de redigir e interpretar textos, porque não se identificam com o que lhes é ensinado. Como visto, o analfabetismo funcional é fruto do sistema educacional. Nesse contexto, a fim de atenuá-lo o Ministério da Educação junto às secretarias estaduais e municipais pode desenvolver um projeto que auxilie os professores a adequar o conteúdo às especificidades da comunidade local, inserindo música, cinema e traços da cultura popular às aulas. Dessa forma, os estudantes terão mais afinidade com o aprendizado, formando-se como pessoas como mínimo necessário para exercer cidadania.