Pesquisas realizadas em novembro de 2016, constataram que 27% da população brasileira sofre de analfabetismo funcional. Essa ainda é uma porcentagem grande, levando-se em consideração que em 2001 e 2002 esse índice era de 39% e 41% para áreas rurais. Para compreender o quão alarmante é esse índice, deve-se levar em conta os fatores contribuintes para essa condição. Analfabetismo funcional é a condição onde o indivíduo é capaz de compreender letras e números, porém não consegue ler textos simples ou solucionar problemas matemáticos mais elaborados. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro apontou que 50% das pessoas entrevistadas alegam não terem hábitos de leitura pois não compreendem o conteúdo. Esse “distúrbio” se dá, talvez principalmente, pelo avanço tecnológico, onde se é mais cômodo assistir um filme adaptado do que ler um livro, pois o filme é de mais simplificada e resumida linguagem. Outro fator contribuinte são as influências da mídia para que cada vez mais pessoas substituam os hábitos de leitura e estudo por jogos, programas de televisão e internet. Quem iria preferir um livro quando se pode jogar ou assistir a versão cinematográfica? Há quatro classificações no sistema de alfabetização, sendo elas: Analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno. Analfabetos e alfabetizados em nível rudimentar são ambos considerados como analfabetismo funcional. Há diversas formas de se combater e reverter o analfabetismo funcional, uma das formas mais eficazes para a erradicação do analfabetismo é o letramento, pois extrapola a visão tecnicista de alfabetização. Nos últimos quinze anos os índices de analfabetismo funcional diminuíram, contudo ainda é um fator que incapacita as pessoas tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Essa condição era atribuída principalmente à baixa escolaridade, mas tem sido desmistificado essa classificação pois é um problema que têm atingido até mesmo pessoas de nível superior. É dever do Governo desenvolver métodos de corrigir e prevenir o analfabetismo funcional, tendo como meios de ação: projetos, cursos, programas de incentivo à leitura e prática da escrita e atividades lógicas e utilizar os mecanismos como internet, jogos interativos e youtube para incentivar à prática da leitura e estudo. É importante também, desencorajar o preconceito destinado às pessoas que possuem essa dificuldade, para que as mesmas possam procurar ajuda necessária para combater essa situação que influencia na vida profissional, pessoal e social do indivíduo.