O analfabetismo funcional é um problema latente na sociedade acadêmica brasileira, e salta aos olhos principalmente nos estados mais pobres da federação. Segundo o Instituto Paulo Montenegro, apenas 26% da população brasileira consegue ler e escrever plenamente, mostrando por meio de seu estudo um grave quadro deficitário de alfabetização plena no meio acadêmico brasileiro. Ficticiamente, Machado de Assis prelecionou em sua obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas" que o defunto autor Cubas não teve filhos, portanto, não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Aludida preleção contradiz claramente com o modelo atual da educação brasileira, que transmite a seus educandos um legado acadêmico miserável: o analfabetismo funcional. Incontroverso é que o processo de formação educacional no Brasil é ambiente favorável à proliferação do problema, vez que o Estado não garante uma boa educação por meio de seus agentes e a grande maioria das famílias não colabora no decorrer do processo acadêmico. O imbróglio ainda é agravado pelo excesso de conteúdo, sucateamento das escolas e universidades públicas, falta de investimento governamental e pior: falta de interesse dos estudantes. É de bom alvitre lembrar o ensinamento do grande Pitágoras, "educai as crianças e não será preciso castigar os homens" fazendo-nos refletir que uma boa educação é princípio basilar de uma sociedade alfabetizada e civilizada. Sob essa vista, podemos então concluir que a família também tem um papel preponderante no processo ensino-aprendizagem. Cabe então citar a lição do grande poeta Vinícius de Moraes, que amestrou "por mais longa que seja a caminhada, o mais importante é dar o primeiro passo", assim mostrando-nos que o combate ao analfabetismo funcional não deve acontecer tão somente no meio acadêmico. Pode ser iniciado com uma simples ação- o primeiro passo-que é a conscientização do seio familiar acerca da importância da alfabetização plena. Ademais, é mister do Estado promover uma educação inclusiva que alfabetize de forma absoluta a todos os discentes, para que se efetive a erradicação do problema. Ações de cunho educativo, como: palestras aos discentes, e maior capacitação profissional de seus agentes educadores podem contribuir de forma significativa no avanço do combate ao analfabetismo funcional. Somente mediante precitadas ações, conjuntamente agindo o Estado e a família, poder-se-á extirpar do meio acadêmico brasileiro tão grave e desabonador problema.