Analfabetismo (dis)funcional Analfabetismo funcional é a incapacidade de compreender textos simples demonstrada por um indivíduo. Essas pessoas conseguem decodificar letras e números, ler palavras e fazer pequenas adições ou subtrações porém não têm a habilidade de interpretação e assimilação. O Instituto Paulo Montenegro, que é ligado ao IBOPE, pesquisa o índice de analfabetismo funcional no Brasil. Em um levantamento de 2005 apontou que 74% da população do país não consegue ler e escrever integralmente. Esse é um dado paradoxal visto que no Brasil quase 100% da população em idade escolar frequenta alguma instituição de ensino. Essa antítese ocorre porque o sistema público educacional está falido. A ditadura militar brasileira foi uma das grandes responsáveis por danificar o ensino gratuito, uma das maiores conquistas do trabalhador. Hoje, nas escolas, os jovens recebem uma educação defasada que apenas os programa para identificar códigos e executar tarefas técnicas. O analfabetismo funcional impede que o perfil político do Brasil melhore. Esses analfabetos não questionam o sistema em que vivem e não debatem acerca dos acontecimentos de ordem social. Assim, eles estão mais sujeitos a golpes midiáticos, alienações e reprodução de sensos comuns. É indispensável, portanto, que a aprendizagem seja universalizada. A escola deve oferecer um ensino de qualidade que estimule o aluno a discutir e fazer objeções. A secretaria da educação e da cultura de cada município devem facilitar o contato da criança e do jovem a peças de teatro, bibliotecas e exposições. Assim. aos poucos, o quadro deplorável que o Brasil se encontra será modificado.