Título da redação:

A questão do analfabetismo funcional no Brasil.

Proposta: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 08/08/2017

Entende-se analfabetismo funcional como a incapacidade que o indivíduo, considerado alfabetizado, possui em compreender e interpretar textos simples, bem como inabilidade que esse apresenta em resolver problemas matemáticos pouco complexos. Contudo, tal problemática abre respaldo para que surjam questionamentos em relação a qualidade do ensino- seja esse da esfera pública ou privada, tanto no nível básico quanto no superior- inclusive no Brasil onde o número de pessoas consideradas analfabetas funcionais é alarmante. Por muito tempo, as taxas de analfabetismo no país eram avaliadas da seguinte maneira: indivíduos escolarizados- portanto sabem ler e escrever- em contrapartida dos não escolarizados, inábeis quanto ao domínio da leitura e escrita. Entretanto, essa forma de avaliação sofre alterações a partir do momento em que se consta a existência de pessoas, que apesar de terem frequentado ou estarem frequentando uma instituição de ensino, apresentam certas deficiências quanto ao domínio da linguagem gramatical e numérica básicas. Fato esse que se torna ainda mais grave quando transposto para o campo superior de ensino, tendo em vista que esse tem como uma de suas principais funções tornar o indivíduo apto a se inserir no mercado de trabalho. Todavia, a mal formação de vários estudantes brasileiros, inclusive no ensino superior, faz com que surja certa preocupação no tocante à qualidade profissional de muitos, já que a formação de profissionais das diversas áreas- exatas, biológicas, humanas, econômica, entre outras- contribuem, de maneira direta, para o desenvolvimento social e econômico do país, pois não há dúvidas de que educação de qualidade é fator crucial para se alcançar o progresso de qualquer nação. Sendo assim, para que a problemática que cerne o analfabetismo funcional no Brasil se torne amena é crucial que haja maiores investimentos no setor educacional, por parte do Estado. Não obstante, uma gestão eficaz também se faz necessária para que haja melhor proveito desses investimentos, pois apenas a disponibilização de recursos não é o suficiente para que se alcance uma educação pública de qualidade, isso requer maior atenção no preparo de todos os envolvidos- professores, diretores, monitores, auxiliares, entre outros- o que deve ser feito por meio de cursos, palestras e debates que visem a melhor maneira com a qual esses profissionais devem transmitir seus conhecimentos aos demais. Quanto a algumas instituições de ensino particular, inclusive as de nível superior, é necessário que haja maior rigor em seus processos seletivos pois, infelizmente, muitas dessas instituições prezam apenas quantidade e não qualidade de seus alunos, fato que contribui bastante para que a cada dia surjam profissionais mal preparados no mercado de trabalho brasileiro. Para que esse problema se torne ameno, cabem as autoridades e órgãos responsáveis tais como MEC- Ministério da Educação e Cultura- uma avaliação mais rigorosa no que diz respeito a abertura de centros particulares de ensino superior. Sendo essas medidas eficazes para a preservação de um dos setores mais importantes o qual qualquer sociedade que almeja desenvolver-se possui, educação de qualidade.