''A boa educação é moeda de ouro. Em toda parte tem valor''. De acordo com a frase de Padre Antônio Vieira, fica nítida a importância da educação como meio de progresso da sociedade. Entretanto, tal importância tem sido ignorada, uma vez que o número de analfabetos funcionais está aumentando. Logo, faz-se necessário uma revisão nos fatores que levam à essas estatísticas. Primeiramente, é válido ressaltar que a falta de qualidade de ensino é o principal fator para o crescimento do analfabetimo. Nesse sentido, a falta de incentivo ao estudo e a fraca infraestrutura oferecida pelo Estado fomentam práticas cada vez mais comuns como a evasão escolar. Comprova-se isso por meio de uma pesquisa realizada pelo Instituto Unibanco, na qual revela que em 2015, 13 milhões de adolescentes entre 15 e 17 anos abandonaram a escola. Logo, fica evidenciado a necessidade de reverter esse entrave, visto que um indivíduo sem capacidade de interpretar textos simples, tem sua ascensão social e econômica comprometida. Ademais, a gênese da internet acarreta também nas mazelas da leitura. Nesse caso, jogos online e redes sociais por exemplo, não requerem aptidão linguística, ocasionando numa indisposição para aprender a ler e compreender textos, configurando um analfabeto funcional. Isso reflete nos dados colhidos pelo Instituto Paulo Montenegro, na qual confirma que apenas 26% dos brasileiros são proficientes na leitura. Desse modo, fica claro que não só questões econômicas comprometem o aprendizado do indivíduo, como também motivos socioculturais. Urge, portanto, a necessidade de dirimir o impasse. Para isso, é preciso que o Ministério da Educação aumente sua verba destinada à educação, a fim de melhorar a infraestrutura das instituições de ensino, tornando-as aptas e confortáveis para uma dinamização do aprendizado dos alunos. Além disso, a mídia deve conscientizar as famílias, por meio de propagandas televisivas, acerca da necessidade do incentivo à leitura, com o intuito de, após estarem notificadas, essas famílias adotarem uma regulação do uso de internet do indivíduo, estimulando a leitura de jornais e livros. Assim, talvez, a sociedade conseguirá reverter essas terríveis estatísticas.