Segundo o sociólogo britânico Anthony Giddens, a globalização consiste em um processo dialético entre o global e o local. De fato, com as transformações ocorridas a partir da Revolução Informacional no século XX, o mundo conectou-se de tal forma, que se tornou necessário pensar na segurança da informação, tema no qual o Brasil mostra-se vulnerável e deficiente. Em primeiro plano, evidencia-se que o país, nesse contexto, está sujeito a graves transtornos. Conforme divulgado no site G1 em junho de 2017, um ataque cibernético de dimensão mundial foi responsável pela paralisação de oito unidades do Hospital de Câncer de Barretos. Tamanha situação, que exemplifica a relação entre global e local proposta por Giddens, enfatiza a urgência do Estado em olhar para a segurança informacional, haja vista o fato desta ter impactos decisivos no cotidiano da população. Ademais, a deficiência nacional no que se refere às Tecnologias de Informação (TI) agrava a problemática. Dados da Softex apontam para uma lacuna de quase 50 mil profissionais qualificados na área. Logo, percebe-se que o país falha ao negligenciar a importância de incentivar a formação de indivíduos preparados para lidar com o cenário atual, capazes de proteger dados, sejam eles públicos, pessoais ou de empresas privadas. Medidas, portanto, são necessárias para mitigar o impasse. As secretarias estaduais de educação, encarregadas da gestão de escolas de ensino médio, devem, por meio do apoio de universidades, promover feiras de profissão, com destaque ao setor tecnológico, a exemplo do curso de ciências da computação. Espera-se, com isso, aproximar realidades e estimular a escolha de estudantes pela área de TI. Assim, o global e o local poderão conectar-se de forma mais segura.