A Revolução Técnico- científico- informacional tornou o mundo uma aldeia global, segundo o conceito do filósofo Marshall McLuhan, encurtou o tempo e as distâncias, interligou o mundo contribuindo para uma intensa troca cultural entre os diversos povos. Entretanto, não houve apenas progresso, diante de toda informação armazenada nos meios tecnológicos, surgiram pessoas mal-intencionadas que viram nisso uma oportunidade para roubar informações dos sistemas. Observa-se então, que as pessoas são as principais ameaças da segurança das informações, tornando obsoletos os meios de proteção. Segundo o filósofo da tecnologia Steve Hunt, as diretrizes de segurança não devem ser forçadas sobre as pessoas, elas devem ser construídas conjuntamente, como parte da cultura cotidiana, ou seja, o comportamento dos violadores da segurança é a prova de que atualmente há a imposição das diretrizes, e não um trabalho de base cultural que vise à conscientização e instrução da população. Ademais, no ano de 2012 foi sancionada a Lei Carolina Dieckman, que dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos, o projeto de lei surgiu após a atriz Carolina Dieckman ter sido vítima da exposição virtual de suas fotos intimas. Haja vista o pensamento marxista de que o Estado atua como uma organização cujos interesses são os das classes dominantes, só houve a criação de uma lei após uma pessoa famosa ser diretamente afetada, evidenciando mais uma vez a negligência das pessoas, dessa vez, dos governantes, sobre o assunto de segurança nacional das informações. Portanto, para que haja um sistema de segurança realmente eficaz, o Governo Federal juntamente com o Ministério da Educação, deve realizar palestras nas escolas e faculdades sobre o respeito à privacidade do próximo, e sobre como utilizar corretamente os meios de segurança. Não só investir em palestras, mas também aumentar os investimentos em pesquisas nas áreas tecnológicas. Além disso, com o auxílio das mídias, fazer campanhas expositivas sobre as consequências das ações ilegais de violação de privacidade, a fim de que a segurança seja mantida e os meios de segurança não se tornem obsoletos devido à ação antrópica.