Cavalo de Tróia, segundo a mitologia greco-romana, foi um imenso cavalo de madeira que os gregos presentearam os troianos como símbolo de sua vitória durante a Guerra de Tróia. Nesse sentido, o artefato foi posto dentro da cidade troiana repleta de soldados gregos alojados no interior do cavalo, que ao anoitecer, atacaram a cidade levando à ruína. Ao considerar o referido episódio, é pertinente assemelhar o Cavalo de Tróia com os ataques cibernéticos da modernidade, uma vez que criminosos utilizam mensagens chamativas para atrair os usuários. Desse modo, a questão da segurança em tempos de globalização é uma temática preocupante, dado que os roubos virtuais tornaram-se frequentes, fato o qual relaciona-se, seja pela insuficiência no desenvolvimento em segurança, seja pelo desconhecimento da maioria dos usuários em proteger suas informações. Em uma primeira abordagem, é importante ressaltar o escasso desenvolvimento em segurança nos principais meios de acesso dos dispositivos móveis. Tal fator advém, principalmente, do baixo número de profissionais em segurança cibernética capacitados e disponíveis no mercado de trabalho - segundo dados do portal de noticias Tecmundo - . Com isso, os Hackers aproveitam as lacunas nos sistemas de seguranças dos aplicativos virtuais, como no recente incidente, nacionalmente divulgado do roubo de dados da ex-presidente Dilma Rouseff pelo grupo LulzSecBrazil. Dessa forma, aprimorar os cursos de segurança virtual com novas tecnologias é o primeiro passo para solucionar a insegurança na internet. Em uma segunda abordagem, é relevante enfatizar que o descuido dos usuários na manipulação dos seus dados pessoais colabora na vulnerabilidade da segurança virtual. Segundo Zygmunt Bauman, filósofo contemporâneo, a modernidade caracteriza líquida e veloz, ou seja, um mundo propenso a mudar pelo baixo apuramento das informações do ambiente cibernético. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que os atuais roubos de dados provem da abstração dos usuários que, assemelhando com o pensamento do filósofo, não tiveram tamanho apuramento para aceitar mensagens fraudulentas dos hackers. Desse modo, atentar-se as informações dos aplicativos móveis antes de divulgar dados importantes, é o ideal que as pessoas devem fazer. Fica claro, em suma, que a questão da informação em tempos de globalização é preocupante, visto que a falta de profissionais nesse ramo e a desatenção dos usuários promovem a instabilidade da segurança na internet. Destarte, a fim de atenuar essa problemática, o Ministério da Educação, junto com as escolas,como meio socioeducacional, deve por intermédio de palestras e matérias didáticos divulgar aos estudantes os cuidados que devem ter contra ataques cibernéticos, com o intuito de reduzir a quantidade de roubos de dados. Além disso, no que soma-se como responsabilidade desse Ministério, deve por artifício de uma proposta Federal, ampliar os cursos de segurança da informação nas faculdades públicas, em razão do mercado apresentar-se carentes desses profissionais, colaborando simultaneamente na redução de desempregados no Brasil. Assim, sendo tomadas as medidas necessárias, os usuários poderão desfrutar desse meio virtual com segurança, impossibilitando que Hackers invadem seus dispositivos móveis como os gregos invadiram tróia com seu cavalo de madeira.