Desde a pré-história, as conexões interpessoais possibilitaram o desenvolvimento e a afirmação do homem no nível mais alto de controle sobre as incertezas ambientais. Apesar dos avanços científicos e da capacidade cada vez maior de propor soluções lógicas para as necessidades humanas, conflitos de interesse opõem os seres racionais e causam rupturas na amálgama social. Atualmente, a globalização permitiu que a maioria das atividades humanas pudesse ser realizada por meio de um computador com acesso à internet, dentre elas, o comércio, a política e as relações sociais destacam-se. Contudo, indivíduos ou grupos mal-intencionados estão se aproveitando da fragilidade do sistema na medida em que interferem nessas atividades em benefício próprio, ceifando a privacidade e a dignidade alheias e devendo, portanto, ser reprimidos veementemente. O contexto geopolítico mundial indubitavelmente influencia essa questão. A dominação de potências sobre outras não se dá mais tão somente por intermédio de embates físicos como foi na Segunda Guerra Mundial. O confronto passou a ser essencialmente virtual, de forma que a máquina da fibra óptica é subvertida pelos mais variados interesses. Prova disso foi o ataque hacker, ocorrido no ano passado, que explorava uma arma cibernética produzida pela Agência Nacional de Segurança Americana (NSA), utilizada por grupos criminosos para sequestrar dados dos computadores das vítimas e chantageá-las. Dessa maneira, uma vez que há falhas de segurança que podem comprometer a segurança global, se faz necessária a adoção de sistemas mais seguros de armazenamento de dados. Além disso, há quebras de decoro no que tange às relações sociais virtuais que não são nada mais do que exortações da má conduta ética que se dá no mundo sem internet. Exemplo disso pode ser visto no caso em que a atriz Carolina Dieckmann teve suas fotos e conversas íntimas roubadas e divulgadas sem o seu consentimento, o que foi mote para a criação de uma lei com seu próprio nome. Nessa perspectiva, nota-se que os crimes do meio virtual são tão abundantes quantos os cometidos nas ruas, a diferença é que existem menos métodos eficazes de fiscalização para o primeiro tipo do que para o segundo. Assim, nota-se que o combate à insegurança da informação é de suma importância para que se garanta a harmonia social. Para isso, é preciso que órgãos, como a Agência Brasileira de Inteligência, desenvolvam, através de estudos e estratégias, um sistema que permita identificar falhas de segurança nos principais servidores e prevenir ataques. Ademais, a mídia juntamente com o Poder Público, devem divulgar os novos golpes virtuais e como se prevenir deles, utilizando antivírus e sistemas de armazenamento externo (backups) para informações importantes. Assim, a comunicação humana poderá garantir o apaziguamento dos conflitos e a convergência em direção à promoção da felicidade e da dignidade.