No livro "O mal-estar na civilização", de Sigmund Freud, o autor reflete sobre o tema da tensão social que é provocada pela cultura. Hodienarmente, tal angústia pode ser relacionada à questão da segurança da informação que atenta sobre toda a sociedade, uma vez que esse mecanismo, embora tenha sido desenvolvido pra proteger os usuários, tem apresentado falhas que podem repercutir, inclusive, no direcionamento político do país. Dessa forma, convém analisar melhor essa problemática global e como dirimi-la. Em primeiro lugar, é importante destacar que a tecnologia da informação surgiu para promover a integridade dos cidadãos. Tal fato pode ser ilustrado pela criação do antivirus, por parte dos estudiosos da área, que visava a proteção dos internautas frente ao aparecimento de invasores, como hackers. Nesse sentido, tendo em vista que, de acordo com dados da plataforma americana Statista, de 2017, cerca de quatro bilhões de pessoas usam regularmente a internet, a vocação inicial dessa ciência assume patamares mundiais e, consequentemente, de maiores dificuldades, posto que as estruturas tecnológicas , a exemplo dos novos ambientes de programação e de formatação, evoluem de forma acelerada e generalizada. Ademais, é imprescindível ressaltar a influência da brecha na segurança da informação no encaminhamento social do país. Isso ocorre pois as ferramentas digitais de seleção de conteúdo, por intermédio das redes sociais, captam os interesses dos usuários e realizam cenários de manipulação nessas plataformas. Como amostra, pode-se mencionar o escândalo que envolveu o senado americano e o dono do Facebook, Mark Zuckerberg, em 2016, a respeito do vazamento de dados pessoais para uma empresa que executava campanhas políticas. Nesse panorama, fica nítida a importância de aprimorar os aparatos de defesa computacional para salvaguardar a população. Dessa maneira, infere-se que, no mundo globalizado, a informação precisa ser, gradualmente, protegida, já que esta é capaz de modificar a realidade de toda a nação. Para contornar esse impasse, portanto, é necessário que o governo, por meio do Ministério da Segurança Pública, crie campanhas virtuais que informem sobre a constante alienação das propagandas nas redes sociais, a serem compartilhadas no Facebook, com o intuito de que os cidadãos sejam conscientizados dessa prática. Outrossim, é mister que as escolas, mediante o professor de informática, promova palestras e atividades lúdicas sobre prevenção de riscos na internet, a fim de que os alunos possam navegar nesse meio com maior autonomia. A partir dessas ações, poder-se-á ver a amenização desse mal-estar contemporâneo.