Título da redação:

Criminalidade globalizada

Tema de redação: A questão da segurança da informação em tempos de globalização

Redação enviada em 01/03/2018

A divulgação de informações, ou a ocultação dessas, são escolhas que não cabem aos criminosos cibernéticos, porque somente os donos dos dados pessoais possuem constitucionalmente o direito de manuseá-los. Em contraposição, o fenômeno da Globalização leva o crime a um novo patamar, agora a criminalidade é global, altamente tecnológica, inteligente e, infelizmente, aceita. Isso ocorre devido ao próprio ideal capitalista e também à Globalização, descrita pelo sociólogo Milton Santos, no documentário "Por uma outra globalização", em que o mundo passa a ser vítima dessa mudança, por exemplo no compartilhamento rápido de dados, mas em seu roubo e distribuição mundial. Sobre isso, a Constituição Brasileira dá o direito à livre expressão do indivíduo, ou seja, ele pode revelar ou ocultar suas informações pessoais e compartilhar seus ideais. Ademais, o filósofo político John Locke propôs, ainda no século XVIII, a ideia da propriedade privada, o que trouxe a discussão do público x privado. Com isso, é inconcebível que hackers consigam o acesso a informações alheias, como ocorreu em casos de espionagem durante a Guerra Fria e atualmente com os escândalos presidenciais envolvendo os Estados Unidos e a Rússia. Além de tudo isso, o instinto capitalista de caça ao lucro impede que os crimes cibernéticos esvaneçam, porque parte substancial das empresas mundiais utilizam serviços de hackers. Ocorre que, considerados brandos, inofensivos, ganham destaque e são procurados por sua destreza e capacidade de burlar cada vez mais sistemas e, com o advento da Globalização, o reconhecimento se espalha e, com isso, o perigo cresce, dado que reconhecer é próximo de aceitar. Logo, apesar do auxílio empresarial que trazem, possuem o conhecimento e o estímulo para, desavisadamente, roubarem dados importantes e distribuírem globalmente . Logo, cabe aos órgãos de inteligência de cada país, que são importantes no controle e estabilidade dos meios de informação, junto com a Comissão Eletrotécnica Internacional, votarem e aprovarem normas de segurança em tecnologia e dados, que melhorarão a gestão dos meios de informação por parte do governo e das empresas. Essas devem implantar políticas de proteção cibernética, com a ocorrência anual de palestras e debates que tratem da contratação esporádica ou não de hackers profissionais, além de seu risco, para que o cuidado seja maximizado e bem discutido entre os membros da empresa.