A partir das décadas de 1950 e 1960, os governos dos países de Primeiro Mundo promoveram reformas educacionais a fim de investir em seu capital humano. Nesse âmbito, a educação passou a ser considerada um recurso decisivo para garantir um futuro promissor. Desde esse período, o setor educacional brasileiro sofreu diversas adaptações e, nos dias atuais, a reforma do ensino médio vem sendo apontada como inovação que aprimorará o sistema, uma vez que incentivará a permanência do aluno na escola e, ao mesmo tempo, promoverá reflexos positivos no mercado. Dentre as principais propostas do projeto apresentado, a diminuição de disciplinas obrigatórias acompanhada da flexibilização do currículo, de acordo com os interesses do educado, é uma das principais medidas. Dessa forma, a possibilidade de adequar a vocação com o aprendizado é uma inovação que amenizará a evasão escolar. Segundo pesquisas da Pnad, cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola no Brasil. Logo, a formação de um ensino mais moderno, que valoriza as habilidades pessoais e aprimora o conhecimento, é trivial para reverter a situação atual, como também para aumentar o desempenho dos alunos. Além disso, a adoção de métodos mais profissionalizantes, voltados para o mercado de trabalho, propiciará maiores chances em curtos prazos para os estudantes se inserirem nesse setor. Profissionais mais qualificados, disciplinas práticas e uma grade curricular adequada terão impactos na vida profissional dos jovens. Nesse viés, potências mundiais, como Coréia do Sul e Estados Unidos, adotaram esse modelo, que contribuiu para formar uma mão de obra mais qualificada. Sendo assim, ao sair da escola, o aluno estará capacitado para enfrentar desafios e concorrência. Entende-se, portanto, que inovar o ensino médio significa oferecer incentivo e qualificação para o futuro da nação brasileira. Dessa maneira, a realização de investimentos pelo Estado é fundamental para adaptar as escolas com as propostas apresentadas, criando um espaço que ofereça uma educação de qualidade. Ademais, é imprescindível que grupos empresariais, como o Senai, ofereçam programas de aprendizado técnico no meio escolar, adequando os moldes do ensino com a realidade do mercado. Afinal, como afirmava Sir Arthur Lewis: “a educação é um investimento com retorno garantido”.