A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi pauta das mais importantes conferências sobre a educação brasileira nos últimos anos, uma vez que se constitui em um documento normativo obrigatório elaborado pelo Governo Federal cuja função é nortear o ensino das escolas brasileiras públicas e privadas, deliberando a elaboração dos currículos pautados em uma única referência. Embora o documento vise a unificação das competências e habilidades garantindo aos estudantes uma simetria educacional e o direito de aprender conhecimentos considerados essenciais para o século XXI, sua implementação é palco de grandes dúvidas e preocupações por parte dos educadores, pois estes, alegam não estarem preparados para colocar em prática todos os pontos previstos na BNCC, destacam complexidades na proposta e enfatizam que as escolas do país apresentam realidades socioeconômicas e culturais bastante díspares opondo-se à implementação. É inegável que o problema central pauta-se na interpretação superficial do documento e na resistência descabida por parte da maioria dos discentes, comprometendo sua efetivação e a qualidade do ensino no país. É preciso compreender que a "BNCC' garante a adequação necessária às peculiaridades regionais e locais e uma organização flexível do currículo. Ela apenas determina as metas que se deseja alcançar, incumbindo as redes e escolas da definição, caminhos, propostas e estratégias para alcançarem seu objetivo máximo: diminuir as desigualdades que existem no Brasil e garantir que todas as crianças tenham acesso a educação de forma igualitária. Para tanto, é necessária uma união entre todos os envolvidos no processo educativo promovendo uma transformação na maneira de pensar e ensinar. Currículos, materiais didáticos, espaços, tudo deverá voltar-se para a formação de discentes protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem. Logo, é essencial que o professor repense sua postura, mergulhando a fundo na natureza e na importância das mudanças propostas, pois são os responsáveis por transportar as competências da "BNCC" para a realidade das turmas em sala de aula. Por fim, para garantir que os educandos tenham as mesmas condições educacionais e aprendizagem, é necessário pensar mais além, pois, apenas equidade não basta, é preciso ter excelência, e ela só será efetivada através de um trabalho pautado nas competências propostas pela "BNCC" alavancando de vez a qualidade da educação e a democratização do ensino.