O governo federal anunciou uma medida provisória que prevê uma série de mudanças no ensino médio. O fato teve grande repercussão e gerou uma onda de protestos. Não é novidade para ninguém que a educação brasileira precisa de uma reforma. Porém, antes de novas propostas devemos analisar se elas condizem com a realidade atuas do país. Primeiramente querem implantar, progressivamente, o aumento da carga horária, para fazer com que o Ensino Médio seja oferecido em tempo integral, com isso teria um reajuste no salário dos professores, passando a ganhar mais, que nas condições atuais do país isso seria impróprio por estar em uma época de crise. Outro alvo de críticas foi a permissão para que professores sem diploma específico ministrem aulas. O texto aprovado no congresso manteve a autorização para que profissionais com “Notório Saber”, reconhecidos pelo sistema de ensino, possam dar aulas exclusivamente para cursos de formação técnica e profissional, desde que os cursos estejam ligados as áreas de atuação deles. Na prática, uma escola da rede pública não terá com oferecer todos os itinerários formativos, o que pode reduzir o potencial de escolha do estudante, ex-ministros da educação alertam para o risco de que a reforma amplie as desigualdades de oportunidades educacionais. Outro problema é que o texto que a MP apresentou retira da Lei de Diretrizes e Bases da educação a garantia explicita que disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia não seriam obrigatórios. O governo deveria repensar sobre essas mudanças e não é pro nada que elas foram adiadas de 2018 para 2021, visto que o país apresenta decadência na qualidade de ensino, a reforma do ensino médio não seria em si uma solução, apesar de seus pontos benéficos, apresenta mais falhas do que soluções, Hoje ninguém sabe o que quer da vida e ter um curso profissionalizante logo no Ensino Médio pode não ser uma boa ideia.