A educação, no Brasil, vem piorando muito ao longo dos anos e apresentando enormes disparidades entre escolas públicas e particulares. Levando em conta a nova reforma no Ensino Médio, essas diferenças entre os colégios tendem a aumentar cada vez mais. Além disso, matérias extremamente importantes para a formação dos alunos perderão a obrigatoriedade de serem ensinadas. A nova proposta para o Ensino Médio prevê a criação de cinco itinerários formativos: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica. Cada escola será obrigada a disponibilizar no mínimo um desses itinerários. Isso causará ainda mais diferenças entre os ensinos em escolas públicas e particulares visto que as primeiras, devido à precariedade da educação pública, terão condições de oferecer menos opções de itinerários aos seus alunos do que as segundas. Além disso, matérias como filosofia e sociologia, essenciais não só na formação dos jovens como estudantes, mas também como pessoas que compõem nossa sociedade, não serão obrigatórias no Ensino Médio. A primeira é importante pois sendo a origem das ciências nos ensina a pensar e questionar sobre o mundo a nossa volta. Já a segunda tem como função estudar e entender a nossa sociedade e os processos que nela ocorrem, sejam políticos, sejam econômicos. Portanto, a nova reforma do Ensino Médio, ao contrário do seu objetivo, ampliará as diferenças entre as escolas públicas e as privadas. A mudança não deve ocorrer nas matérias a serem estudadas, e sim no modo de ensiná-las. O governo deve, pois, além de investir na estrutura das escolas públicas, recompensar seus professores de forma justa para que eles possam transferir seus conhecimentos da melhor maneira possível aos alunos.