Não é novidade: o sistema educacional brasileiro figura como fraco em diversas pesquisas de órgãos mundiais, um deles é o IPS. Esse fenômeno ocorre devido a diversos fatores, como baixa valorização do educador e falta de métodos didáticos para estimular o raciocínio do aluno. Isso levou o Ministério da Educação a propor uma Reforma do Ensino Médio, a fim de tornar o aluno mais competitivo para o mercado de trabalho. Mas, será que tal reforma cumpre com as necessidades dos alunos brasileiros? Uma medida dessa reforma é permitir que o aluno monte sua própria grade curricular, optando por uma das quatro áreas do conhecimento, tal como formação técnica e profissional. Esta medida, apesar de soar benéfica, peca em uma questão crucial: o ensino médio é uma fase da vida que o aluno tem muitas indecisões quanto a seu curso superior. Colocar uma responsabilidade tão grande nas mãos de jovens de 16-17 anos é assumir o descompromisso com os próprios. Outra questão da reforma é a retirada da obrigatoriedade das disciplinas filosofia e sociologia da grade curricular. Esta medida comete um erro terrível, tratando o pensamento crítico e social do aluno acerca das questão humanitárias como segundo plano. Além disso, tais matérias continuarão a ser aplicadas no ENEM, podendo provocar um desnível entre os alunos que têm e os que não têm tais disciplinas na grade. Portanto, a Reforma proposta pelo MEC não é eficaz no que se refere à mentalidade do aluno brasileiro e os problemas educacionais. O MEC deve manter a obrigatoriedade de todas as matérias, para que o aluno tenha um campo de visão maior e opte pelo curso que mais se adeque ao seu perfil. Paralelamente, o Governo Federal deve dialogar com a população, através de plebiscitos, a fim de discutir propostas eficientes. Caso a população não esteja de acordo, deve promover manifestações e utilizar do voto para eleger parlamentares especializados no assunto, a fim de promover maior representatividade quanto à propostas infactíveis aos moldes brasileiros.