Segundo pensamentos de Pitágoras, é necessário que se eduque as crianças para não haver punição aos adultos. Talvez hoje observando a situação da educação no Brasil o matemático percebesse a veracidade da sua afirmação: a fragilidade do ensino básico vem sendo um empecilho para o desenvolvimento do país à anos. Com isso em vista, foi criada a medida provisória da Reforma do Ensino Médio como proposta de solução oferecida pelo governo, que desde seu surgimento vem gerando divergências de opiniões. É indiscutível a necessidade de mudança no sistema de ensino do Brasil. Porém a alteração proposta para tal vem sendo inspirada em potências como Japão e Estados Unidos, países do considerado primeiro mundo que possuem a infraestrutura imprescindível para se manter um modo adequado para o aprendizado em tempo integral. Ao vir para a realidade brasileira, não há disponibilidade desse suporte, tanto por questões como superlotações nos colégios e verbas má administradas no setor da educação, quanto pelo descaso histórico com a didática escolar no país. Além disso, cabe ressaltar que conforme Sócrates afirmava, os erros são consequências da ignorância humana, e como muito dito popularmente quanto mais novo o cidadão, menos sábio. Logo propor a alguém no auge de sua adolescência escolhas tão complexas sobre um futuro inteiro torna-se algo de grande risco em suas consequências. Criar a possibilidade de escolha a uma pessoa não basta quando a base de conhecimento antes lhe dada não oferece uma segurança para a tomada da decisão correta em um momento da vida onde se tem contato com diversas novidades e se geram na mente do indivíduo inúmeras dúvidas. Portanto, para melhorar a educação atual do Brasil, deve-se sim, ser feita a adoção de uma reforma, contudo a mesma deve ser repensada para melhor se adequar a fase atual em que vivemos. De forma a atingir a origem do problema, seja inicialmente aplicando mudanças no Ensino Fundamental e futuramente estendendo melhorias ao Ensino Médio, em todos os momentos integrando a instituição familiar e mídias sociais para assim tornar mais atrativo o âmbito escolar ao discente, melhorando a qualidade do aprendizado e evitando castigar-se aos adultos.