Analfabetismo, greve de professores, escolas precárias. Esse é o cenário acerca da educação no Brasil, a Reforma do Ensino Médio é uma necessidade, porém, foi imposta sem nenhuma consulta à sociedade e diante de um quadro educacional precário que não está pronto para tais mudanças, fazendo-se necessário medidas para reverter essa situação. Em primeiro plano, coloca-se a implantação de escolas em turnos integrais. No entanto, a rede pública não está preparada para tal mudança, além de sofrer com greves, sofre também com a falta de dinheiro, que acarreta na carência de recursos para um bom ambiente escolar, como as crianças das redes públicas de Bela Vista que estão sem merenda. Desse modo, a prática dessa medida só irá agravar a problemática. Em segundo plano, é preciso um maior investimento na formação dos professores, pois são eles os formadores dos futuros profissionais do país. Todavia, a Reforma possibilita que eles deem aula sem um currículo específico, isso pode acabar colocando educadores sem experiência dentro da classe. Uma pesquisa realizada pelo Todos Pela Educação mostrou que 34% dos alunos brasileiros que chegam ao quinto ano de escolarização ainda não conseguem ler. Isso mostra o papel fundamental do professor na formação do estudante e da sociedade. Tendo em vista os argumentos supracitados, e como disse o Chanceler alemão Bismark: “a política é a arte do possível”. É preciso que o Ministério da Educação, juntamente com o Estado, façam peças, shows e bazares cujo o lucro vai para a melhoria do ensino público, como pagamento de professores e construções de laboratórios e bibliotecas. E também promover debates e pesquisas em todas as escolas, com o objetivo de saber quais os principais problemas, para assim poder resolvê-los.