É inevitável afirmar que a Reforma do Ensino Médio é um fato preocupante. Desse modo, entende-se que essa mudança trará certos impactos tanto para os estudantes, quanto para os professores. Nesse contexto, cabe analisar as consequências causadas pela reforma. De início, é importante entender que um dos objetivos da mudança é tornar disciplinas como história, sociologia e filosofia opcionais. Dessa forma, os estudantes que não optarem pela escolha dessas disciplinas deixarão de adquirir conhecimentos essenciais sobre a sociedade. Essas três matérias escolares são a base da formação de todo aluno. Isso se deve pela fato de mostrarem abertamente os erros e os acertos na história do Brasil, de construírem e proporcionarem uma visão crítica e realista de diversos aspectos da sociedade como a economia e a política; e, por fim, de apresentarem formas de alcançar as mudanças sociais. Pode-se observar, como mais uma consequência, a desigualdade social causada pela reforma. A mudança proporciona a possibilidade de contrato de professores com formação em determinada área de conhecimento para ensinarem outra, por exemplo, um profissional com licenciatura em geografia passar a lecionar, também, filosofia. Tal fato afetará principalmente estudantes de baixa renda de escolas públicas ou privadas de reduzida qualidade acadêmica que irão contratar professores sem diploma específico para reduzir os gastos, o que afetará o aprendizado do aluno e diminuirá as oportunidades de emprego para profissionais do ramo. Já escolas particulares de alto nível, certamente optarão pela não adoção desse ponto da reforma para não prejudicar os estudantes e seu desenvolvimento acadêmico. Causando, assim, uma alarmante desigualdade social. Em suma, percebe-se que as consequências da Reforma do Ensino Médio são preocupantes. Portanto, se faz necessária a criação de uma emenda constitucional pelos deputados e senadores do Brasil, com objetivo de melhorar a qualidade do Ensino Médio em escolas, porém sem tomar medidas drásticas, como as do projeto de lei da reforma, visando substituir a mudança. Afinal, todo cidadão tem direito a uma educação de qualidade.