A censura foi uma das armas que o regime militar usou para calar seus opositores e impedir qualquer mensagem contrária a seus interesses, o que pode ser facilmente relacionado ao projeto "Escola sem Partido", criada com o objetivo de restringir a liberdade de expressão nas salas de aula, desvalorizando a alfabetização e criminalizando o ensino. Perante esse grande retrocesso na educação brasileira, o avanço desta ditadura moderna necessita ser barrado. Alguns argumentam que é necessário proteger os alunos da ideologia dos professores que usam sua posição para impor suas opiniões acerca de sexualidade, gênero, política e religião. No entanto essa lei se aplicaria de forma bem específica, inibindo apenas ideologias "esquerdistas", em nenhum momento a ideologia do livre mercado ou da Igreja Católica são mencionadas, o que mostra que o projeto está longe de ser imparcial como exige dos docentes. Outro fator citado na medida é a "usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral dos seus filhos", o que acarretaria na acentuação da perseguição de minorias, uma vez que educadores não seriam capazes de trabalhar na erradicação do comportamento machista, racista, homofóbico ou intolerante religiosamente, já que isso iria contra a educação moral recebida dentro de casa. Em virtude do que foi mencionado é imprescindível que todos se conscientizem de que o projeto "Escola sem Partido" é um grande retrocesso. Convém lembrar que é dentro das salas de aula que o aluno constrói seu pensamento crítico, portanto acabar com discussões sobre assuntos considerados "polêmicos" pela sociedade ocasionaria uma grande alienação da população jovem. O professor não deve ser apenas um veículo neutro: ele deve guiar seus alunos para serem capazes de pensar por conta própria, levá-los pelo caminho onde o conhecimento faça sentido.