Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 22/03/2017

A pichação, tema que voltou à mídia recentemente, após o prefeito de São Paulo lançar o programa “Cidade Limpa”, sempre foi bastante discutida no seio da sociedade. Alguns consideram a prática um ato de vandalismo, de marginalidade, enquanto outros a veem como expressão artística. Cumpre ressaltar, primeiramente, que essa forma de intervenção existe desde os anos 80 e que vários países da Europa a consideram legítima forma de arte. No Brasil, porém, a conduta de pichar foi criminalizada pela Lei dos Crimes Ambientais, em mais uma incursão desnecessária do Direito Penal. Ademais, é oportuno salientar que a pichação é verdadeira forma de expressão de um grupo – que, na maioria das vezes, vive à margem da sociedade. Através dos pixos, os interventores encontraram uma maneira de exprimir seus descontentamentos com a política, com a exclusão e com a mazelas sociais. Além, é claro, de mostrar à comunidade, ainda que de forma considerada transgressora, que eles existem. Quanto ao enquadramento da pichação como arte ou não, trata-se de tarefa demasiadamente subjetiva. Cada indivíduo, de acordo com as suas experiências e oportunidades, tem uma visão particular do que seja arte, de modo que não há um conceito fechado e universal. Assim, o que se percebe é que, não obstante não se possa classificar a pichação como sendo ou não uma manifestação artística, constitui a mesma uma forma de expressão de parcela da sociedade. Nesse diapasão, cabe a todos procurar entender e conhecer essa forma de intervenção, para que se evitem julgamentos carregados de preconceitos.