No Brasil, as pichações de rua enfrentam um paradoxo difícil, se por um lado muitos as consideram como crime e vandalizacão , por outro, a pichação e o grafite são vistas como arte por muitas pessoas e grupos ,que defendem que tal ato promove inúmeros benefícios sociais. Entretanto, a questão esta ligada a fatores históricos que manipulam diretamente a atualidade. Nas diversas culturas humanas a arte sempre ocupou um lugar de destaque, retratando ideias e valores, no período humanista e classicista por exemplo, as artes voltaram-para o homem, revelando suas características e razoes, alterando o pensamento teocêntrico para um pensamento cientifico e racional. Com a estética realista, a arte passou a se concentrar cada vez mais em aspectos sociais, e è nesse contexto que a pichação e o grafite se encontram, visto que são um forte instrumento de expressão de critica social, denunciando a injustiça, a desigualdade, e o descompromisso com os marginalizados e as minorias sociais, que veem em tal ato, a forma de exprimir suas insatisfações e desejos por melhorias. Vale notar que a ato de grafitar e pintar muros ganhou força de desde o regime militar Brasileiro, onde poetas e artistas, para denunciar a opressão do período, escreviam inclusive poemas em banheiros públicos, de forma velada, para que as pessoas pudessem refletir sobre a falta de democracia e liberdade de expressão. Em suma, as artes de rua são importantes veículos de notoriedade social, sendo vantajoso que as minorias e classes menos favorecidas , por exemplo, organizem projetos de arte urbana para crianças e jovens, o governo e outros órgãos por sua vez devem promover eventos e palestras sobre o assunto, além da criação de um espaço publico próprio para as mais diversas variedades de grafite, amenizando o problema das depredações, fazendo o grafite ter seu papel social elevado a níveis ainda maiores.