Desde a pré-história encontram-se rabiscos nas paredes das cavernas, as chamadas pinturas rupestres, que tinham significado místico para aqueles povos. Hoje, nota-se que o ato de pintar cavernas passou a ser o de colorir monumentos e prédios, com um novo significado, reflexão sobre a sociedade, e nome, pichação. A partir disso, é necessário argumentar o porquê da diferenciação do grafite da pichação e até onde tal movimento deixa de ser arte e torna-se crime. Sabe-se que existem diferenças artísticas entre a pichação e o grafite, o primeiro se apresenta com letras estilizadas de traços simples, que para a maioria da população não tem um significado. Já o grafite é visto como uma forma de embelezamento do espaço urbano, pois possui cores vivas e traços marcantes. Soma-se a isso o fato do preconceito contra os pichadores, que são considerados criminosos, porém os grafiteiros são encarados como artistas. Tal contexto de distinção só é percebido no Brasil, fato que não ocorre em outras partes do mundo. De acordo com o artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais, a pichação de espaços públicos e privados sem autorização é crime. Observa-se o preconceito e a generalização que é feita sobre essa forma de arte. Isso porque, muitos dos quais que praticam tal ação estão apenas procurando visibilidade, lazer e uma possível forma de protesto contra as desigualdades existentes. Em contrapartida é possível encontrar pessoas que usam da pichação para destruir e vandalizar o patrimônio público, manchando o nome daqueles que fazem arte de rua. Portanto, fica claro que medidas são necessárias para resolver tal impasse. Para isso, é fundamental que o governo, por meio do Ministério da Cultura, posso reconhecer o grafite e a pichação como uma forma de arte, e somado a isso, disponibilize locais para a sua prática. Ademais, é preciso que a mídia divulgue a importância desse tipo de expressão popular, dando visibilidade para aqueles que a fazem, ressaltando esses artistas de rua. Com isso, esse problema poderá ser solucionado.