Na Pré-História, os seres humanos rabiscavam as paredes das cavernas para se comunicar. Hoje, essa manifestação ainda vigora, acrescido de polêmicas as quais discutem se essa ação é uma expressão artística ou delito. A pichação, assim definida, é arte na medida em que transmite ideias de várias naturezas a população e crime, no instante que invade os direitos dos cidadãos quanto a propriedade privada ou pública. De acordo com os parâmetros que categorizam algo como arte, a pichação classifica-se como tal, haja vista que suas mensagens transferem aos indivíduos reflexões, com protestos, palavras de ordem e reivindicações que buscam reconhecimento político, econômico, cultural e contribuem com a informação e senso crítico das pessoas, podendo, assim, conquistar alguma transformação social. Entretanto, quem frequenta as ruas das cidades mais vulneráveis se depara com a violação da pichação tanto em locais particulares, como comércios ou residências, quanto em monumentos, a título de exemplo, o Cristo Redentor, que foi danificado em 15 de Abril de 2010 por pichadores que reivindicavam acerca de pessoas desaparecidas. Dessa forma, corrobora-se que nesse caso a pichação é crime, uma vez que transgride os direitos dos proprietários e vandaliza patrimônios culturais, alterando a sua estética. Por todos esses aspectos, pode-se inferir, portanto que medidas são necessárias para solução de tal dilema. Por isso é importante que os deputados federais e senadores reformulem a lei de proibição da pichação, criminalizando apenas em casos de vandalismo e autorizando em estabelecimentos que houver a autorização do responsável. É imprescindível também que os governos estaduais e municipais invistam em Ouvidorias, coletando críticas e sugestões dos cidadãos para a criação de políticas públicas que atendam efetivamente as necessidades da população. Assim ambos os envolvidos nessa situação serão beneficiados.