Diante do cenário vivido no século XIX, visando os problemas sociais presentes, iniciou-se um movimento literário, o Realismo, no qual os artistas buscavam mostrar a realidade. Fora das obras literárias, essa necessidade de se mostrar o que sente, por meio da arte, atualmente, tem sido realizada, em alguns casos de maneira ilícita, em nosso país, um exemplo disso é a pichação, vista pelos adeptos, como forma de arte. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, por exemplo os limites nos quais essa manifestação poderia ser aceita e o que leva grupos de jovens a se arriscarem ao realizar essa ação. Em primeira análise, cabe frisar que apesar do Artigo 65, considerar qualquer ato de pichação como crime. Contudo, esse tipo de manifestação se faz presente de forma continua, no Brasil. Diante disso, torna-se preciso avaliar em que situação essa repressão é realmente necessária , já que os seres humanos desde o período Neolítico faz uso de pinturas, mostrando sua realidade. Desse modo, é importante perceber que a pichação, acaba possuindo esse mesmo sentido utilizando-se palavras, o principal meio de comunicação atual. Ademais, é importante frisar a necessidade do Estado manter a ordem, fazendo uso do cumprimento da lei, entretanto é preciso que ele procure ser imparcial e justo, mediante o atual cenário do país, no qual jovens estão com a mente cheias de idéias procurando formas de mostra-las a sociedade. Comprova-se isso por meio de fatos observados, pelo Antropológico Urbano da Unifesp, Alexandre Pereira, no qual ele observa que muitas vezes esses grupos procuram formas de serem reconhecidos socialmente. Diante disso, percebe-se que um dos problemas existentes é a falta de um ambiente no qual essas ideias possam ser expressas. Portanto, medidas são necessários para atenuar o impasse. É imprescindível que o Ministério da Cultura, utilizando-se de sites onlines, realize uma pesquisa entre os jovens, com o intuito de entender diferentes opiniões, avaliando a necessidade de uma flexibilização da lei e um espaço próprio para esse tipo de manifestação. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação ofereça subsídios, para que exista nas escolas exista um incentivo de novas formas de expressões, por meio de peças, danças, literaturas e a própria pichação, mostrando a importância delas na formação do patrimônio imaterial brasileiro, desde que sejam realizadas de acordo com o Código Penal Brasileiro, caso contrário as devidas punições serão rigorosamente atribuídas.