Título da redação:

Por favor, deixem a Ana Karine Macedo Silva corrigir! Agradeço a compreensão!

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 31/05/2017

Ana, no terceiro parágrafo, eu mantive o "a qual" para evitar o queísmo e, além disso, vale lembrar que os alunos do site representam uma minoria no ENEM, pois a maioria dos que farão a prova, raramente sabem usar o "a qual". Letras quase ilegíveis e rabiscos randômicos. Essas são as características da pichação que, sem a autorização do proprietário, é ilegal. Não obstante, os pichadores alegam que, na realidade, picham muros para se expressar, desde que seja na propriedade de outrem, isto é, uma ilegítima arte paradoxal tendenciosa respaldada na retórica sofista - inverdade que, em um primeiro momento, parece coerente. Nesse contexto, vê-se que, no Brasil, essa problemática persiste, seja pela alienação exercida pela mídia, seja pela lenta mudança de mentalidade social. Mormente, é preciso mensurar o papel da mídia na propagação da falsa ideia de que a pichação é, em algum grau, compreensível. Nesse sentido, é perceptível, nos jornais, o espaço dado a sociólogos despreparados - como Miguel Franco - que defendem o picho, sob a alegação de que tal prática provoca uma reflexão positiva na sociedade. Assim, tem-se a deturpação da real função da democracia ao se defender o vandalismo, o que, do ponto de vista moral, é um absurdo, porquanto, de acordo com Locke, infringir leis é injustificável. Outrossim, vigora, neste país, uma cultura obsoleta a qual banaliza o problema. Segundo Durkheim, o homem é um produto do meio em que vive. Nesse viés, observa-se que um jovem pichador tende, muitas vezes, a se envolver com transgressões mais graves, uma vez que a pichação funciona, não raro, como iniciação à criminalidade. Desse modo, mediante a nefasta utilização do piche, tem-se a poluição visual nas cidades que, de fato, simbolizam a mentalidade delinquente de muitos cidadãos. Destarte, a fim de combater o retrato da retórica sofista, é imprescindível que o Ministério da Cultura, por meio das emissoras de TV, realize campanhas conscientizadoras que explicitem o quão injustificável é a pichação, com o intuito de unir a sociedade em prol do bem-estar social. Paralelamente, as escolas, juntamente com ONGs, devem fazer cursos profissionalizantes, por intermédio de oficinas, nos quais seja ensinado a arte do grafite e, ao mesmo tempo, seja condenado a utilização sem permissão do piche, com o fito de formar cidadãos conscientes e impedir futuros crimes.