Título da redação:

Pixo: um olhar além dos muros

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 18/03/2017

Uma das características que marcam o ser humano é a comunicação, seja ela de forma verbal ou oral. Por meio dela nossa existência como espécie é registrada das mais variadas formas no nosso cotidiano, pensamentos, religião e até críticas. Nos tempos atuais contamos com uma grande variedade de expressões que tentam nos comunicar algo, entre eles está a pichação. Por vezes criticada e por muitas outras mal compreendida. Seria ela arte ou crime? A arte por muitos anos se restringiu às classes sociais abastadas, desde os tempos do Renascimento patrocinada pelos burgueses mecenas feitas para às elites e restrito à elas, até os tempos em que a família real portuguesa se instalou no Brasil colônia e foi ordenado a Debret representá-los, e este por sua vez representou também a população comum da época, porém as obras não foram apreciados pelos mesmos. Obras e obras feitas para feitas para o gozo da elite excluindo os pobres, que no Brasil eram de maioria negra e escrava. No Brasil mesmo com a abolição da escravatura ficaram cicatrizes nos ex-escravos e seus descendentes, marcados por miséria, falta de saneamento básico, saúde, moradia, emprego digno e educação. Pessoas renegadas, excluídas e sem voz. Situação que persiste e marca a população pobre até os dias de hoje. Muitos dos pichadores são pessoas renegadas de educação e oportunidades, morando em periferias e convivendo com a criminalidade diariamente. Devemos entender o piche então como um fator histórico-social, onde os pichadores comunicam sua exclusão pelo governo e sociedade. Dessa forma criticam o mundo que os cercam, passando uma mensagem. Cabe então ao governo federal olhar além dos muros pichados e procurar meios de inclusão social para os pichadores e toda a população carente de recursos, manejando verbas bem distribuídas para os ministérios da educação e cultura, promovendo também palestras com as famílias sem recursos e fazendo eventos regulares de arte e conscientização do papel da população como parte da sociedade.