Título da redação:

Pichações: Um problema social ou não?

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 05/03/2017

Uma questão levantada para a discussão nas últimas semanas pelo prefeito da cidade de São Paulo, Jõao Dória, foi a diferença entre o grafite, uma arte de rua reconhecida internacionalmente, e as pichações, cujo o significado que é a fonte da polêmica. O que aconteceu foi que ele, após decretar guerra as pichações, em um ato simbólico vestiu-se de funcionário público e pintou de cinza pichações e grafites pichados ou degradados para colocar suas ideias em prática. Esse ato gerou um grande furdúncio nas redes sociais e na mídia geral entre os defensores do prefeito e os movimentos artísticos e intelectuais que condenam o ato do mesmo. Segundo os artistas as pichações são expressões artísticas e sociais de jovens da periferia, por esse motivo deveriam possuir o mesmo status de arte que os grafites possuem. O problema dessa afirmação é que ela pode ser facilmente desconstruída por qualquer um que tem familiaridade com a situação através da análise da maior parte das pichações. A maior parte delas é feita não com o intuito de fazer uma crítica social, política ou ideológica e sim como meio dos jovens, em apostas de muito mau gosto e demonstrando sua indiferença total com o ambiente público, mostrarem "quem tem mais coragem", "quem é mais capaz" ou apenas deixarem sua marca. Isso quando não são desenhos ou mensagens obscenas. Apenas uma minoria das pichações tem realmente algum teor político ( quando a mensagem não expressa a falta de interresse com a mesma ), porém assim como as outras desrespeita a lei, desrespeita a propriedade privada e ,quando o ato ocorre em um bem ou monumento púbico, ainda revela o descaso com o que a população pagou em seus impostos para ser construído e paga para manter em boa qualidade ( coisa que quase nunca acontece devido a marginais que contribuem para destruição deles ou pelo desvio do dinheiro público ). Pode-se ainda perceber que a principal causa das pichações é a falta da educação que deveria vir de casa e a impunidade, uma vez que a maior parte dos pichadores são adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos que não podem cumprir pena ou sabem que provavelmente não vão ser punidos, uma vez que esses atos ocorrem geralmente à noite e fora dos olhos da população geral. Essa situação também é bastante desagradável aos donos do imóvel que tem de arcar com os custos da restauração ou pintura dos muros ou portões que logo serão pichados novamente. Entretanto é necessário ressaltar que, embora as pichações não sejam, o grafite deve ser sim reconhecido no Brasil como arte desde que exercido mediante autorização do proprietário e das autoridades locais de modo que ressalte o teor artístico dessa expressão popular. Talvez dessa maneira ele seja reconhecido e apreciado no país do mesmo jeito que é reconhecido em países europeus como a Alemanha.