Título da redação:

Pichação: O desrespeito que tem solução.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/03/2017

Ao longo do século XX, as Vanguardas Europeias estabeleceram novas concepções de arte nas distintas partes do mundo. Continuamente, os artistas cubistas e dadaístas desafiavam as ideias tradicionais de perspectiva e logicidade, com exposições marcantes no continente europeu. Nos dias atuais, as cidades brasileiras têm se tornado alvos de manifestações variadas, muitas delas, mesclando inadequadas ideias de arte e posicionamento político. Entre elas, a pichação se destaca, representando uma grande ameaça para os patrimônios culturais materiais do meio urbano e caracterizada por ser um elemento impulsionador de problemas sociais nas grandes metrópoles nacionais. A estátua de Carlos Drummond de Andrade é alvo constante dos atos de vandalismo praticados na Praia de Copacabana, como a pichação. Infelizmente, são vários os monumentos históricos representativos da cultura brasileira que sofrem com a depredação oriunda de grupos pichadores. Com isso, a Constituição Federal de 1988 é contrariada, pois parte da população não exerce a sua função colaborativa para com a União do Estado e Municípios em prol da conservação dos patrimônios culturais presentes no território nacional. Consequentemente, a mensagem vinculada pela estrutura histórica é comprometida, resultando na progressiva perda da identidade nacionalista. Outrossim, essa forma de expressão antrópica provoca diversos conflitos no meio urbano, posto que os seus adeptos agem durante as madrugadas, não contando com a permissão dos donos das propriedades utilizadas como mural. Sendo assim, há maior marginalização da população de zonas periféricas, visto que eles são os locais de origem de boa parte dos autores destes desenhos. Logo, a segregação espacial e social assola o meio urbano de maneira mais intensa, levando à queda da qualidade de vida dos cidadãos de baixa renda. Portanto, é necessário que as prefeituras identifiquem as áreas com maior número de violação dos patrimônios culturais da cidade, visando maior policiamento e instalação de câmeras de segurança, assim, haverá contenção das ações de vândalos urbanos. Ademais, é preciso que as instituições de ensino de juntem aos governantes locais, promovendo projetos de conscientização cultural das zonas suburbanas, deste modo, a população terá crescente responsabilidade com as simbólicas estruturas citadinas. Por fim, é imprescindível que os Governos Estaduais construam amplas estruturas para os praticantes da pichação, desta maneira, as propriedades privadas e os estabelecimentos públicos deixarão de serem vistos como foco dos grupos pichadores. Dessarte, o pichação receberá a atenção social devida e deixará de ser amplamente condenada pela população.