A arte humana vem desde os tempos pré-históricos, os desenhos rupestres serviam para gravar e contar como era o dia a dia das pessoas que viviam naquele tempo. Alguns milênios depois, na Grécia antiga, a arte era uma das principais características dessa sociedade, monumentos gigantescos e bem detalhados com pinturas e desenhos serviam para atribuir um valor bem específico as cidades da Grécia. No entanto, nos tempos contemporâneos é normal que novas práticas sejam desenvolvidas pela sociedade atual remetendo os costumes antigos, assim como as pichações, que distorcem o significado de arte. Primeiramente, fica evidente que a pichação não se configura como arte e sim como crime, pois qual é a arte que é feita de maneira escondida, consequentemente sem autorização e ainda mais, em locais privados? Sempre são rabiscos que remetem a algum tipo de exposição do pensamento pessoal e muitas vezes podem ser apologias a práticas ilícitas, tais como: uso de drogas, ameaças a rivais, sejam eles de time de futebol ou facções criminosas, ou até mesmo algum tipo de intimidação a sociedade local. Esses são somente alguns de exemplos que podem ser citados para demonstrar que a pichação se enquadra perfeitamente em práticas de crime. Além do mais, a sensação de hipocrisia passada por uma parte dos pichadores chega a ser absurda. Em uma matéria feita por um programa de televisão, o Profissão Reporte, foram entrevistados cerca de três pichadores, e os três confirmaram que não picham suas próprias casas porque dariam uma aparência de sujeira. Ou seja, se a pichação é uma arte, fica bem difícil de raciocinar o porque dos próprios autores não quererem fazer uma “arte” em sua casa. Isso é outro indicio que a pichação se enquadra mais como crime do que arte. Medidas são necessárias, portanto, para resolver esse impasse. Assim, poderia ser criada uma lei federal que incluísse oficinas de arte nas escolas desde o ensino fundamental II, com o intuito de conscientizar os alunos e mostrar que existe outras maneiras de expressar a arte nas ruas das cidades, como exemplo, o próprio grafite. Essa lei poderia ser desenvolvida pelo Ministério da Educação e passada para as escolas de forma que as escolas pudessem se adequar de forma rápida. Outra medida seria a prisão e uma punição mais dura para quem fosse pego insistindo na prática ilícita, pois as leis atuais podem ser consideradas brandas e quase nunca são empregadas de fato ao individuo que foi pego em flagrante.