Título da redação:

Pichação como objeto transformador da sociedade

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 07/03/2017

A pichação na sociedade atual tem duas faces. Para alguns, é considerada um crime de puro vandalismo, enquanto que para outros é uma forma de protesto e de expressão. Quando bem motivada, a pichação pode ganhar bons olhos. Perante a lei, a prática de grafite consentida não se constitui como crime, e sim manifestação artística, enquanto que o ato de pichar, considerado por especialistas como um estilo dentro do grafite, é passível de multa e até detenção. Em São Paulo, o secretário de cultura da cidade informou que serão criados lugares específicos onde os artistas poderão pichar livremente sem serem julgados pela justiça, como uma forma atender as demandas da população local que a cada dia mais passam a ver a pichação como uma forma de arte e de protesto. A pichação como forma de protesto foi bastante evidente durante o período de impeachment da ex-presidenta Dilma e posse do atual presidente Temer, quando a população foi às ruas e viram-se muitas frases do tipo “Fora Temer”, por exemplo, estampando muros e prédios. Outro exemplo pode ser encontrado na Alemanha, onde uma idosa ativista ficou famosa por pichar muros e postes da cidade de Berlim com corações. O que ela faz, na verdade, é procurar por pichações que remetem à Alemanha nazista e então ela cobre as que encontra desenhando um coração, combatendo, assim, o ódio. Portanto, apesar de ser considerada crime, essa prática traz consigo, além da arte e do direito à liberdade de expressão, as insatisfações de uma determinada população, podendo vir a ser um importante objeto transformador da sociedade.