Título da redação:

Pichação com autorização é arte

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 05/04/2017

Quando os donatários aqui se estabeleceram, não havia leis brasileiras, apenas algumas enviadas pela metrópole que, por não fiscalizar seu cumprimento, deu margem à criação de leis e interpretação do que era certo e errado pelo ponto de vista de cada capitão. Assim, cada capitania tinha sua regra de modo que o público era governado para atender os interesses do privado (capitão). Essa cultura se postergou gerando a confusão entre público e privado que temos até hoje, que faz tanto políticos realizarem obras particulares com meios públicos como também faz os pichadores se acharem no direito de pichar a cidade. Ora, se a cidade é um bem público, deve prevalecer a vontade da maioria, que é expressa na forma da lei. E a lei separa a arte do piche ao afirmar que a primeira é feita em locais autorizados, enquanto o segundo é feito ilegalmente pela cidade. Assim não cabe fazer a distinção entre grafite e letras incompreensíveis – até por que a arte tem função questionadora e inquietante também, o que faz dessas grafias uma arte -, mas devemos diferenciar a arte do piche sob o ponto de vista da localização com autorização para tal. Contudo, vale lembrar que muitos artistas, mesmo sem autorização, usam as ruas como expressão de arte por não terem espaço nos locais elitizados como as galerias. Logo, como forma de incentivar a cultura e talvez frear as pichações, as prefeituras podem abrir concursos artísticos para o grafite em locais públicos pré-determinados, incentivar que a iniciativa privada também se abra para esses artistas e sem se esquecer, claro, de realizar trabalho com os jovens tanto para entender seus motivos para pichação como para conscientizá-los de que o público é de todos.