Título da redação:

Os limites da arte e da liberdade

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/08/2017

Durante a Guerra Fria, as pichações do Muro de Berlin demonstravam a busca por liberdade por via do uso da arte transgressora. De tal modo que as discussões sobre as pichações, tanto em Berlin quanto no mundo, permanecem constantes na atualidade. Sendo assim, é valido buscar compreender os limites entre a produção artística e o papel das leis em uma sociedade. No Brasil, a divergência entre o Grafite e a pichação são definidos por lei, sendo o grafite um ato artístico e a pichação um ato de vandalismo. Nesse caso, a definição da arte é baseada pela permissão do responsável pelo ambiente onde ela é concebida. Todavia, a falta de incentivo ao ato artístico, acaba por reduzir as interações positivas com o meio urbano. A proibição da pichação sem a valorização do grafite torna-se ineficaz, e um incentivo aos vândalos. O filósofo Michael de Montaigne afirmou que proibir algo é despertar o desejo. Dessa forma, a lei que só limita gera como retorno atos infracionais como demonstração de revolta. Portanto, para se preservar o meio urbano e valoriza-lo, reduzindo as depredações, é fundamental que haja o incentivo cultural para os que buscam os muros das cidades como forma de expressão. Dessa maneira, para se diferenciar o ato do vandalismo da arte, é preciso que a que a arte esteja presente. Para tal, o Ministério da Cultura associado com a iniciativa privada poderiam criar espaços de incentivo ao grafite e incentivar a presença da mesma em museus e prédios, possibilitando a sociedade ter acesso a arte urbana, e aos grafiteiros poderem expressar sua arte sem cometerem delitos. Com o contato da sociedade com tal variação artística e o incentivo a mesma, é possível traçar uma divisa clara entre a obra cultural e o ato de degradação.