Vive-se em um país democrático, o qual permite uma pseudo liberdade de expressão à população, a fim de estabelecer valores éticos e morais , inseridos na forma de leis sobre o que é certo ou errado. O Artigo 5 da Constituição brasileira afirma que todos são iguais perante a lei. Entretanto, sabe-se que as classes mais altas são as mais favorecidas e que a pena vai de acordo com o extrato bancário de cada um. Dessa forma, restaurou-se a polêmica sobre a pichação, após o atual Prefeito de São Paulo declarar guerra contra essa prática, cobrindo de cinza todos os muros e monumentos da cidade. No Brasil, a pichação e o grafite, apesar de andarem lado a lado, são vistos de maneira diferente pela sociedade, a qual considera arte apenas o segundo. A lei afirma que o grafite não será considerado crime, se houver autorização do proprietário e tiver como objetivo a valorização do patrimônio público ou privado. Em contraste, a pichação é considerada depredação do patrimônio e a detenção será de três meses a um ano, além da multa. A princípio, as duas formas buscam expressar uma mensagem. No entanto, a pichação é vista como um grito dos reprimidos, a fim de buscarem uma forma de chamar a atenção do Governo e dos mais favorecidos, pois muitos são tratados como a margem do corpo social. A arte é um reflexo do ser humano e deve ser entendida como uma representação da condição social de cada individuo, além de ser uma forma de manifestação. Porém, não deve ser confundida com depredação ao meio, a fim de se encaixar em um crime ambiental. É necessário ter consciência e promover a cultura na arte de rua , deixando a cidade com mais cores e harmonia. Os pichadores precisam ser ouvidos de outra forma. Primeiramente, deve-se entender se essas pessoas possuem acesso à saúde, cultura e entretenimento, pois é direito de qualquer cidadão e devem ser utilizados da melhor forma, com o propósito de aprimorar o conhecimento da população, para que as pessoas saibam diferenciar o que é certo, preservando assim, o ambiente e o patrimônio de cada cidade Diante do exposto, conclui-se que a pichação será considerada crime, se depredar ambientes públicos ou privados, pois a arte deve acrescentar no aspecto cultural da sociedade e não desrespeitar qualquer tipo de lei. Sendo assim, cabe ao Governo dar voz aos pichadores, para que não sejam reprimidos. Além disso, apoiar os grafiteiros, para que continuem embelezando as cidades, como também promoverem a arte de rua, para que seja aceita e contemplada pela população. Ademais, a sociedade deve se conscientizar e repreenderem os que estão fora da lei.