Época das cavernas, Grécia antiga, Regime militar e ano de 2017. Desde os desde os primórdios da humanidade o homem apresenta a necessidade de mostrar-se como indivíduo. Com isso, a arte urbana nasceu como um modo atual de expressar-se e de expor os problemas da sociedade. Então, seria correto criminalizar o piche e o grafite apenas com o objetivo de manter a cidade limpa? É fato que com as pinturas rupestres surgiu também o desejo de registrar o cotidiano. Sendo essa um meio de obter status, expor-se, mostrar a relevância do grupo a que pertence e protestar contra os problemas presentes na sociedade. Segundo registros, essa vontade não ficou retida apenas nas cavernas, como mostram os grafites da Roma Antiga recém descobertos de acordo com a BBC Brasil. Ademais, mesmo que a pichação apresente-se em todos os estratos da sociais ele ganha mais adeptos no meio de jovens carentes. Sabe-se que as periferias são muitas vezes esquecidas pelo poder público, onde os cidadãos encontram na arte de rua um meio de expor seus pensamentos e a realidade em que vivem, O que pode ser considerado um meio de protesto, pois eles expõem as mazelas presentes no meio onde vivem. Além do mais, conforme a Comissão Internacional de Direitos Humanos a liberdade de expressão é um direito fundamental de todos os cidadãos. Os grafiteiros e pichadores também são cidadãos. Logo, podem manifestar-se livremente, assim como todos os indivíduos. Fica claro ,portanto, que reprimir esse modo de manifestação não é o posicionamento adequado. Ao invés disso, deve-se entender as razões que levam à realização do mesmo, para isso é necessário que as escolas realizem palestras e feiras com a participação desses artistas de rua, para que eles possam explicar esse tipo de arte. Além do mais, os jornais e revistas podem realizar reportagens sobre esse tipo de movimento e o por que ele é comum em áreas carentes. Dessa forma, sera possível entender os processos que levam à pichação e assim descriminaliza-la.