Título da redação:

Manifestação do pensamento

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 06/03/2017

O ato de pichar pode ser considerado arte para algumas pessoas e crime para outras. A diferenciação é feita, basicamente, sobre dois aspectos: se houve autorização para a prática e o local onde foi feita a pichação. Também existe aquela diferença a olho nu, é interessante ver um desenho elaborado que embeleza e traz vida a vários lugares, mas não é nada prazeroso visualizar rabiscos e frases ofensivas que poluem o visual das grandes cidades. Para muitos pichadores o ato de pichar representa uma manifestação contra os problemas da sociedade. Uma expressão do que estão sentido. Porém, ao exteriorizarem seus sentimentos através de pinturas e frases em locais não autorizados estão também desrespeitando o espaço e a propriedade alheia. Pichar um muro que acabou de ser pintado ou um prédio público, por exemplo, é impor ao outro, de forma ilícita, seu modo de pensar. Sendo portanto, considerado crime. Mas apesar disso, o infrator ainda tem uma chance de se retratar, ele possui seis meses para apagar o que fez e ficar livre de punição. Se por um lado as pichações desagradam, por outro, elas transformam e alegram lugares. É impressionante o trabalho que pode ser efetuado com os sprays. Às vezes fica difícil acreditar que traços tão bem delineados foram feitos com um jato de tinta em vez de um pincel. Na cidade de Juiz de Fora, a diretora da escola Teodoro Coelho pediu aos seus alunos que cobrissem o muro, que estava sujo e com a pintura desgastada, com grafite. O resultado ficou ótimo. Os estudantes puderam se manifestar sem qualquer irregularidade, sem invadir um lugar que não era seu. Todos nós temos o direito de expor nossos pensamentos e sentimentos desde que eles não frustrem ou desrespeitem outras pessoas. Se o pichador tem o direito de se manifestar através de seu grafite, o dono de uma residência tem o direito de manter seu muro branco e limpo. O mais importante é que cada um respeite os limites do outro para que aja a manifestação do pensamento, não a imposição dele.