Título da redação:

Liberdade para agir licitamente

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 25/03/2017

Durante a pré-história o homem da caverna fazia pinturas na parede de pedra; denominado pelos historiadores como pintura rupestre, era uma forma de expressar fatos cotidianos e acontecimentos inéditos do período. Na contemporaneidade, observa-se a prática de atitude semelhante, o grafite tornou-se uma forma de expressão nas cidades; é notório o valor cultural exprimido, e para que a obra desenhada não seja considerada crime, deve ser realizado em locais reservados, próprios para a arte. A obra “Etnias” do grafiteiro Kobra foi realizada na zona portuária do Rio de Janeiro; conta com cinco painéis, cada um deles simboliza um continente e foi realizado como forma de homenagear a diversidade mundial. Assim como Kobra,outros artistas também deixam sua marca e levam o público a refletir dilemas sociais.O sociólogo Max Weber definiu a ação social como uma atitude do indivíduo que tem uma finalidade no meio social;interpretando por essa visão a forma de agir dos artistas de rua,conduzem a classificá-la como ação social racional relacionada a valores e fins.A valores por seguir padrões determinados para o tipo de arte e a fins por exercer papel reflexivo nos observadores. No início desse ano -2017- o prefeito João Doria executou a ordem para que os grafites e pichações da Rua 23 de maio em São Paulo fossem apagados, alegando que causava poluição visual e que tornava o ambiente urbano hostil. A ação deixou artistas indignados e afirmando que a principal característica da arte de rua foi lesada, a liberdade de colocar sua marca no local que quisesse. Porém, tal afirmativa torna-se uma dicotomia se analisada pelo conceito de propriedade privada, que garante os direitos do proprietário de não aceitar execução da obra; tornando-se clara a necessidade de consentimento do dono do espaço no qual a arte será feita. Além de o governo destinar espaços públicos para sua execução. É inegável o valor cultural exposto nas artes de rua, e deve ser realizada em locais autorizados e reservados para tal fim, com o intuito de não ser considerado crime. O Ministério da Educação –MEC- deve estimular os jovens por meio de campanhas escolares, a aceitar e identificar a demonstração artística intrínseca a cada comunidade, auxiliando o jovem a tornar-se um adulto tolerante e crítico.Além disso,o estado tem que fornecer lugares para a exibição da arte de rua,a fim de prevenir atos ilícitos.Utilizando-se de tais soluções,a sociedade verá a arte de rua de forma diferente,frisando sua importância no meio social.Ademais,o índice de criminalidade por depredação de patrimônio particular e público decairá.