Título da redação:

Gentileza, por favor.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 15/03/2017

''Nós que passamos apressados pelas ruas da cidade merecemos ler as letras e as palavras de gentileza''. Tal fragmento da letra Gentileza, de Marisa Monte, defende as formas de expressões de arte urbana num contexto de benesses, de forma paradoxal á letra, tem-se o emblema da pichação no qual não é vista por uma parcela da sociedade como arte, mas sim distorção da mesma. Ora, toda forma de manifestar-se é válida, desde que respeite-se os seus limites. Nessa óptica, vale ressaltar o direito a exercer a propriedade privada, prevista constitucionalmente. Esse direito, torna-se negado, ao passo que residências, prédios públicos e estabelecimentos comerciais são pichados mesmo que em forma de protesto, sem a devida autorização dos donos. Prova disso, o Data Folha exibiu recentemente um resultado no qual 97% dos moradores da capital paulista rejeita pichações em muros e fachadas de prédio. Logo, há prejuízos que acarretam nas contas desses cidadãos cujo estabelecimentos são destituídos pelo piche e precisam fazer reformas para restitui-los. Sob outro viés, há uma certa desvalorização da arte urbana- grafitismo. Surgido nos anos 70, em Nova York, tal movimento artístico é responsável por oferecer tom conceptual e moderno nas cidades, dando-se voz aos menos favorecidos socialmente, que encontram no grafite sua voz de libertação. Reflexos dessa depreciação, foi o caso do prefeito Doria que declarou guerra aos grafiteiros e encomendou passar tinta cinza e apagar grafites da avenida 23 de maio. Nesse sentido, excluir tais expressões artísticas, é portanto excluir a identidade de um povo subestimando-se o seu direito de expressão. Depreende-se, a boa urbanística provoca boas sensações como remetia a canção. Prioriza-la e defende-la são maneiras de assegurar o direito e a beleza das cidades. Para tanto, o governo precisa fazer parcerias com grafiteiros para decorar prédios, hospitais da prefeitura, a fim de que a arte seja disseminada com devida responsabilidade. As escolas, promoverem oficinas que incentivem o gostos pelas artes e de modo especial, o grafite dado que ainda é um estilo pouco difuso e reconhecido. Dessa forma, como propunha Beeyes ''Libertar as pessoas é o objetivo da arte'', tal legado seja dissipado.