Título da redação:

As duas faces da pichação

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 04/03/2017

Muito tem se questionado sobre a questão da pichação no Brasil. Sendo imprescindível compreender as duas faces que constituem esse processo. Uma está pautada no descontentamento social do autor. A outra deriva de uma espécie de competição entre grupos pichadores. Nesse contexto, surge a pergunta: a pichação é arte ou crime? Quando o ato de pichar é fruto da inquietação ou descontentamento social, trata-se de arte. Arte, pois, o pichador busca transmitir uma mensagem importante ao povo ou governo. Têm-se, sobretudo, um ato político. Uma espécie de reivindicação seja ela contra a miséria nas comunidades, corrupção governamental ou contra a própria sociedade. Em um ponto da marginal Tietê, em São Paulo, vê-se a seguinte mensagem:“ não é o rio que é sujo, é a sociedade”. Claramente, uma pichação que condena a poluição realizada pela população. Já em relação à outra face, baseada na competição entre grupos pichadores, tem-se crime. Crime, pois, o principal intuito desses indivíduos é transgredir as regras. Sendo a depredação do patrimônio um meio de transgressão encontrado. É apenas vandalismo e destruição de monumentos. Nessa perspectiva, um jovem que escala um prédio para pichar a inicial de seu nome é um vândalo, pois danificou uma construção por mero capricho. Subentende-se, portanto, que quando se fala em pichação tem-se arte ou crime. Sendo essa definição dada em função dos atos do pichador. Nesse contexto, é fundamental que o Estado altere a lei que considera toda pichação como crime. Importante também, a criação de campanhas socioeducativas para toda a população, com intuito de promover o conhecimento acerca das duas faces desse processo.. De modo a erradicar a ideia de que todo pichador é um criminoso.