Título da redação:

As duas faces da arte

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 08/03/2017

As pessoas gostam de expressar sua arte em diversas categorias culturais, seja elas na música, em desenhos ou poemas. São diversas as formas de expressar ideias e passar valores sentimentais para a sociedade. Contudo, no mundo contemporâneo, uma cultura geradora de muitas polêmicas é a pichação, a qual muitas vezes é caracterizada como um ato de vandalismo e é constantemente observada em praticamente todos os cantos do globo causando impactos aos observadores. A pichação surgiu nos anos 70 na cidade de Nova York e expandiu-se pelos territórios a fora como uma manifestação cultural. Como exemplo, pode-se citar a Alemanha, alvo de inúmeras expressões desse tipo na época do temido Muro de Berlim. No Brasil, os trabalhos também iniciaram na mesma década e se concentraram principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. O grande problema desses trabalhos são justamente a maneira como essa linguagem é exposta e seus significados, visto que alguns deles - senão a maioria - são feitos de modo a atingir um público específico e para que isso ocorra, os autores buscam um local visível por toda a população e devido a isso, os lugares preferidos acabam sendo edificações públicas ou estabelecimentos religiosos, causando dores de cabeça nas autoridades. Influenciado por esse cenário conturbado surge o grafite, uma segunda espécie de manifestação cultural que diferentemente da pichação, utiliza os desenhos e muita cor como expressão da arte. Entretanto, seus projetos são pensados e discutidos pelos autores e além disso, buscam uma autorização dos proprietários dos estabelecimentos, bem como permissão de autoridades públicas para a sua realização, ressaltando ainda mais os pontos negativos oriundos da primeira. Desse modo, fica evidente os motivos pelos quais de a pichação ser considerada na maioria das vezes um crime. Portanto, é preciso haver uma transformação na legislação e na mentalidade dos pichadores. A primeira, é a possibilidade do governo criar projetos novos em parcerias com empresas publicitárias para a criação de eventos que explorem a cultura da pichação. A outra e mais importante, vinda dos próprios pichadores, é a conversão de seus trabalhos em arte, pois se é uma manifestação de cultura, a nação espera algo benéfico deles.