Título da redação:

Arte que muitos não sabem usar.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 07/03/2017

Infelizmente, a pichação é uma arte que, muitas das vezes, perde sua beleza por ser usada da forma indevida. É inegável que, dentro da sociedade, o ato de escrever em patrimônios públicos ou particulares não é muito bem recebido. Mas isso ocorre porque, em incontáveis casos, tal ato não atinge sua fundamental finalidade e real sentido de existir (manifestar as necessidades sociais) ou porque atingem, mas não é escolhido um local adequado. A pichação começou a ocupar espaço no meio urbano e ganhar visibilidade em Nova York há cerca de 45 anos. Através dela, indivíduos usavam a arte de desenhar e escrever para retratar as dificuldades sofridas pela sociedade, principalmente quando se tratando das classes menos favorecidas por conta de negligência do Poder Público. Por que então hoje parte da sociedade não admira ou incentiva essa arte? Isso ocorre porque, hoje, criminosos disfarçados de pichadores a utilizam para simplismente deixar a marca própria, demarcar território de facções rivais, frases ofensivas (direcionadas ou não), dentre outras finalidades impróprias. É como usar um desfibrilador de forma incorreta com intuito de matar uma pessoa (uma coisa criada para o bem sendo usada para o mal). Além disso, a legislação define os locais onde não é permitido o ato de pichar. Tal legislação visa estabelecer limitações para que não sejam estrapolados os limites aceitáveis de pichação, prejudicando bens de uso comum do povo, históricos ou até mesmo particulares. Mas, ainda assim, muitos não respeitam tais normas e realizam a prática em locais ou patrimônios públicos que, quase sempre, são parte da história de nosso país e é o dever de cada cidadão resguardar tais bens. Não faz sentido manifestar-se contra as injustiças realizadas pelo Poder Público causando, em contra partida, outro mal à sociedade. Sendo assim, é preciso que o Estado, através dos Ministérios adequados, promova uma maior interação entre os verdadeiros "artistas de rua", o Governo e os particulares interessados. Sendo destinados espaços maiores e com mais visibilidade, realizando-se (dentro dos limites aceitáveis pelos valores éticos e morais) uma arte que será apreciada por maior parcela da sociedade, além de servir de conscientização para as questões de grande importância para o bem comum da sociedade (meio ambiente, governo, classes desfavorecidas, entre outros assuntos).