Título da redação:

Arte: por que não?

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/03/2017

Para a sociedade, o conceito de pichação pode estar bem definido diante a lei, no qual é considerado como crime, enquanto o grafite é visto como uma imagem de beleza nos locais públicos. Porém, para muitos artistas de rua e especialistas nesse assunto, as duas práticas estão relacionadas e recebem essa diferenciação apenas no Brasil. Nesse sentido, a prática de pichar é condenada pelo o artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, número 9.605/98, que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia, além do pagamento de multa. No entanto, há uma grande dificuldade em punir quem pratica tal ato, principalmente pela falta de provas, já que as práticas são cometidas durantes as madrugadas. Indubitavelmente, esse ato trata-se de uma das expressões humanas mais antigas que nos remete às cavernas pré-históricas, pois sempre existiu e sempre existirá, contudo é uma das formas básicas de expressão livre dos seres humanos. Nesse ínterim, configura o campo do grafite urbano contemporâneo, cujo aumento de cores no mercado foi determinante. Em contrapartida, a arte popular pode fazer parte das ruas, exibindo seu conteúdo e demonstrando que a estética é apenas uma questão de encantar as pessoas. A verdadeira arte, que não são pichações que sujam e empobrecem as cidades, podem estar presente no que antes era apenas um muro branco, sem qualquer atrativo. Portanto, é necessário que o governo reforce a lei para que a mesma seja utilizada para punir aqueles integrantes de ganges, que picha para marcar território, ou seja, o puro vandalismo. A sociedade precisa amadurecer o conceito de pichação e entender a relevância da mensagem. Por fim, é necessário que se pense em alternativas para os jovens, como, por exemplo, dando a oportunidade de pichar por sua coloração e escrita, em muros de escolas, viadutos e espaços públicos.