Desde a Pré-História, o homem vem mostrando seu cotidiano e seus sentimentos por meio das pinturas rupestres, contudo, atualmente não é diferente. Mas o problema que é vivenciado no Brasil está nas pichações em locais indevidos, por exemplo, em áreas com altíssimo valor histórico e artístico. Cada vez mais, os jovens, principalmente de classe baixa, estão aderindo às práticas de pichação, sobretudo, buscando ter seu reconhecimento social. Então, para ter uma maior visibilidade de suas artes, eles picham patrimônios públicos, privados, estabelecimentos, patrimônios arqueológicos, sendo este último um grande problema, pois, tomando como exemplo o sítio arqueológico Capim, em Milagres, Ceará, percebe-se pichações nos registros rupestres, que acabaram sendo estragados, perdendo seu valor histórico. Além disso, embora não aja intensa fiscalização, há uma lei do artigo 65 que constitui a pichação um crime, com punição de três meses a um ano de detenção e multa. Contudo, as práticas de grafite são legalizadas, pois elas têm a aprovação do proprietário ou órgão competente. Logo, elas são interessantes, assim podem dar mais vida às ruas, levando novas formas e cores, saindo do cotidiano. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Como já dizia o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, assim, o Ministério da Cultura deve incentivar palestras nas comunidades, mostrando o valor dos patrimônios históricos e que sempre preserve o respeito com esses lugares. Ademais, o governo deve proporcionar cursos de grafite e desenho, para que os jovens possam transformar suas habilidades em profissão.