É certo que a questão da pichação no Brasil tem sido tema de grandes discussões. A respeito deste assunto, dividem-se opiniões: os que a defendem como arte e os que a considera como crime. Dentre tantos fatores relevantes, destacam-se: a manifestação artística e a depreciação do patrimônio público ou privado. Em diversos locais do mundo, a pichação é considerada como um estilo de arte de rua. Para seus defensores, ela é vista como uma manifestação artística que expressa opinião através de desenhos ou palavras estilizadas, comumente encontrada nos muros das cidades. Esta é uma das formas encontradas pelos seus praticantes para levar uma reflexão à sociedade. Muitas vezes, eles buscam chamar a atenção das autoridades e da população e utilizam esta expressão como instrumento de luta e reivindicação da comunidade a qual está inserido. Entretanto, no Brasil a pichação não é enxergada desta forma. A cultura brasileira classifica este ato como crime de vandalismo por considerar que há desvalorização do patrimônio público ou privado. Esta prática, segundo o Código Penal, acarreta numa pena de detenção de, ao menos, 3 meses além de multa. No entanto, a prática do grafite – quando há consentimento do proprietário ou do órgão competente – é vista como manifestação artística e não é criminalizada, sendo uma alternativa àqueles que desejam expressar sua opinião sem infringir a legislação. Diante do exposto, percebe-se que há muito a se discutir sobre a criminalização ou não da pichação, mesmo sendo inegável que é uma manifestação artística pois expressa uma opinião. Todavia, é certo que praticá-la em locais não autorizados pelos proprietários ou responsáveis é uma falta de respeito e uma invasão aos seus direitos.