Existe uma tênue linha que delimita arte e crime na questão das manifestações urbanas estampadas nas paredes e construções. Para os pichadores, uma linha estreita. Para a sociedade em geral, uma clara distinção. No senso comum, o grafite é visto como arte urbana que colore os muros cinza da cidade. A pichação, no entanto, é tida como vandalismo, não só aos olhos da sociedade, como também pela justiça, que a considera um ato infracional. Justificam essa diferenciação, fatores muitos. Provavelmente o principal motivo esteja apoiado no ato não autorizado que constitui a pichação. O grafite, diferentemente, somente pode ser assim considerado, se feito mediante autorização de órgãos públicos ou do dono da propriedade. Ainda que os pichadores enxerguem sentido no que praticam, ela deve ser combatida por representar desrespeito ao direito de propriedade privada e aos limites de propriedade pública. Portanto, é premente que prefeituras e órgãos competentes punam os infratores com multa e lhes obriguem a restaurar os danos. Da mesma forma, é interessante que se incentive a arte urbana, desde que autorizada, inclusive cedendo espaços públicos apropriados, de forma a desestimular práticas escusas, incentivando boas.