Título da redação:

“A arte é a ideia da obra”

Proposta: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 06/04/2017

No período da Pré-história as pinturas rupestres foram as grandes responsáveis por representarem o modo de vida dos homens primitivos. Contudo, no século XXI, o que se observa é que a arte passou por inúmeras transformações e que a nova tendência de expor o cotidiano se mostra inserido nas pichações. Diante disso, vale ressaltar a grande resistência social que essas pinturas enfrentam, devido a sua prática muitas das vezes ocorrer de forma criminal. Dessa forma, é necessário analisar inicialmente essa temática para posteriormente apontar as suas soluções. Primeiramente, nota-se que por não existir uma organização na exposição dessa “Arte de rua” acaba por ocorrer uma poluição visual. Uma vez que o excesso desse movimento cultural dentro dos centros urbanos resulta em uma desvalorização da paisagem. Além do mais, isso pode se agravar quando essas pinturas têm conteúdos ofensivos. Um exemplo que remete a essa situação ocorreu no Rio de Janeiro, em que o estádio do clube de futebol Vasco da Gama foi pinchado com insultos ao presidente do time. Por conta disso, fica evidente que medidas devem ser tomadas para promover um ordenamento dessas manifestações artísticas. Ademais, é importante salientar que o código penal alega que vandalizar patrimônios públicos e privados sem autorização é considerado crime. No entanto, o que ainda se vê são indivíduos com “sprays” em mãos cometendo rabiscos contra monumentos históricos. Um caso que constata isso ocorreu em Belo Horizonte, em que a Igrejinha da Pampulha teve novamente sua fachada pichada. Nesse sentido, fica claro que são primordiais maiores fiscalizações as propriedades públicas e punições mais eficazes aos infratores. Perante a esse contexto, urge a necessidade de resolver os dilemas que norteiam a questão da Pichação. Portanto, em um primeiro plano, é crucial que as prefeituras criem locais específicos para esses artistas exporem suas obras, como a criação de paredões em áreas específicas nos centros urbanos, parques e praças e a construção de “Grafitódromos” perto das periferias. Além disso, é significativo que o Poder Executivo determine que a guarda municipal possa fazer rondas no período noturno próximo aos patrimônios públicos e a Justiça aplicar serviços comunitários aos vândalos, no qual esses participem de ONGs de preservação a monumentos históricos. Somente assim, para as pichações terem a aceitação da sociedade, pois como disse Aristóteles: “A arte é a ideia da obra”.